Human Rights Watch diz que Bolsonaro ameaça a democracia brasileira, e João Dória JR aproveita a carona
A ONG internacional Human Rights Watch publicou nesta quarta-feira (15), Dia Internacional da Democracia, um texto no qual afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaça os pilares da democracia brasileira. São citados os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ameaças às eleições de 2022 e o voto impresso, violação à liberdade de expressão de seus críticos, uma suposta prevaricação em relação à compra de vacinas para Covid-19 e os insultos ao ministro Luis Roberto Barroso (STF).
“As ameaças do presidente Bolsonaro de cancelar as eleições e agir fora da Constituição em resposta às investigações contra ele são imprudentes e perigosas. A comunidade internacional deve mandar uma mensagem clara ao presidente Bolsonaro de que a independência do judiciário significa que os tribunais não estão sujeitos às suas ordens”, afirma José Miguel Vivanco, diretor de Américas da Human Rights Watch. “O presidente Bolsonaro, um apologista da ditadura militar no Brasil, está cada vez mais hostil ao sistema democrático de freios e contrapesos. Ele está usando uma mistura de insultos e ameaças para intimidar a Suprema Corte, responsável por conduzir as investigações sobre sua conduta, e com suas alegações infundadas de fraude eleitoral parece estar preparando as bases para tentar cancelar as eleições do próximo ano ou contestar a decisão da população se ele não for reeleito”.
Dória entrou na carona:
Ele disse que a democracia está em risco no Brasil após os atos de Bolsonaro na semana passada em razão do Sete de Setembro. “Infelizmente, a democracia está em risco, essa é a verdade. O Brasil precisa de uma alternativa a líderes populistas e de um governo que pense em um projeto de país e saiba como colocar políticas públicas em prática”, afirmou o governador de São Paulo, em entrevista à CNN Internacional.
Segundo Doria, o País precisa, mais do que nunca, estar unido na luta pela democracia, pela liberdade de imprensa e pela preservação das instituições que hoje são atacadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Aos interlocutores mais próximos, Doria sempre lembra que sua família foi exilada durante a ditadura e que isso lhe dá forças para lutar contra o autoritarismo e os ataques de Bolsonaro à democracia.