Se for preciso, Lula vende a alma para vencer as eleições... se é que já não fez isso antes
Ex-presidente anda atrás de líderes evangélicos porque rende muitos votos, mas ele pode tirar o cavalo da chuva
Luiz Inácio, aquele, anda atrás das lideranças evangélicas tentando fazer uma aliança visando as eleições de 2022. Lula, preso por corrupção e solto por uma manobra sórdida do Supremo Tribunal Federal, deseja se aproximar dos evangélicos porque isso rende muitos votos. Mas pelo que se sabe, Luiz Inácio pode tirar o cavalo da chuva. Incapaz de sair às ruas, embora seja apontado pelas pesquisas como o pré-candidato com maior número de intenção de votos, Lula vende a alma ao demônio, se for preciso, para vencer as eleições. Aliás, sempre foi assim. Para quem conhece de perto, bem de perto, sabe bem como é. E sabe mais ainda como ele preferiu trair a própria vida em vez de seguir a pregação de mais de 20 anos pela ética na política e contra os velhos corruptos de sempre. Não vai ser fácil se aproximar dos evangélicos. Pelo menos é o que diz o fundador da Igreja Sara Nossa Terra, o bispo Robson Rodovalho, aliado do presidente Bolsonaro e um dos que mais lutaram pela aprovação do nome do ex-ministro da Justiça André Mendonça para ocupar a vaga do STF.
Na verdade, a maioria dos pré-candidatos está à procura dos evangélicos, que hoje representam 30% do eleitorado brasileiro. De acordo com Robson Rodovalho, a grande maioria dos evangélicos de várias igrejas prefere continuar com Bolsonaro na presidência da República. Há preferência para outros, mas em menor escala. O que parece definitivo é que Lula está fora de qualquer preferência desse eleitorado que pode decidir uma eleição. As lideranças evangélicas são claras para explicar essa posição: no poder, o PT não cumpriu nada daquilo que prometeu a vida inteira, especialmente Luiz Inácio, o esperto. Nunca antes houve uma mobilização dos evangélicos no país como a que foi realizada para a aprovação do nome do pastor André Mendonça para o STF. Por isso, estão dispostos a sair em defesa de seus escolhidos à Presidência da República. Os evangélicos sabem do comportamento do presidente Bolsonaro diante da pandemia que matou mais de 600 mil brasileiros, com atitudes grosseiras e de descaso diante de tudo que estava acontecendo no país, como convém a um negacionista que se preze dessa posição desumana. Os evangélicos sabem. Mas as lideranças afirma que Bolsonaro é um bom homem, uma pessoa bem intencionada, que fala o que sente.
“Bolsonaro é espontâneo sem ser travestido em marketing”, diz o líder evangélico Rodovalho, em entrevista ao jornal O Globo, do Rio de Janeiro, no domingo, 5. O bispo afirmou que isso tem muito valor num mundo tão maquiado como o atual. A crise econômica atingiu todos os países e no Brasil aconteceu o mesmo, mas não por culpa de Bolsonaro. Os evangélicos, em grande parte, até já estão defendendo o porte de armas de fogo, porque existe uma sensação de insegurança total e as pessoas precisam se defender. Mas a maioria é contra. Explicam até a “rachadinha” que envolve o filho do presidente, o hoje senador Flávio Bolsonaro, que pegava parte do salário dos funcionários de seu antigo gabinete quando era deputado no Rio de Janeiro. Dizem que a “rachadinha” faz parte do ambiente político brasileiro e a oposição explora esse tema contra Bolsonaro. Como se vê, já não se fazem mais evangélicos como antigamente. As coisas mudaram. O que está certo para eles, certo mesmo, é que Lula não terá vez. Não adianta o ex-presidente procurar as igrejas. Para a grande maioria dos evangélicos, como candidato à Presidência da República, Lula não existe.