Prédio pega fogo na avenida Paulista, e é evacuado no centro de São Paulo


Ao menos 11 viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para combater um incêndio em um prédio comercial no número 1.337 da avenida Paulista, na região central da capital paulista, por volta das 13h desta quinta-feira (24). No local, segundo a Polícia Militar, havia cerca de 500 pessoas. Ninguém se feriu.


Por volta de uma hora depois, o fogo foi controlado, de acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros. A corporação acrescentou que as chamas teriam se originado em um ar-condicionado. A Polícia Civil vai investigar o que provocou o fogo no equipamento.


Segundo o tenente-coronel Marcelo Vieira dos Santos, comandante do batalhão da PM da região, antes mesmo da chegada de viaturas da PM, que precederam a dos bombeiros, "parte das pessoas se evacuaram automaticamente" do local.


O oficial da PM acrescentou que o incêndio se originou no 26º andar, na área onde fica o sistema de ar condicionado da edificação.


Ele também afirmou que parte da avenida Paulista foi isolada, para garantir a segurança das pessoas que passavam pelo local, durante o incidente.


O capitão Ronaldo Aparecido Ribeiro, do Corpo de Bombeiros, reiterou que, até o momento, as suspeitas são as de que o incêndio se originou durante uma manutenção do equipamento de ar condicionado. A empresa responsável não foi especificada por ele.


O oficial acrescentou que o incêndio "foi contido com certa facilidade"


Isso se deve, segundo ele, ao fato de as áreas de isolamento de chamas do prédio, como portas anti-incêndio, terem cumprido suas funções.


Ele acrescentou que o local conta com auto de vistoria da corporação, feito em janeiro deste ano.


Para o combate ao fogo, disse ainda, os bombeiros precisaram subir os 26 andares do prédio e usar o sistema de hidrantes.


A Defesa Civil, assim como a Polícia Civil, realiza avaliações no prédio que, segundo o oficial dos bombeiros, poderiam ser concluídas ainda na noite desta quinta.


O porta-voz dos bombeiros, major Marcos Palumbo, afirmou que, assim que as equipes chegaram ao local, iniciaram o processo de evacuação do prédio.


"O fogo atingiu a parte superior [do edifício] e não há vítimas. Evacuamos o prédio de forma rápida e para ninguém ser afetado [pelas chamas ou fumaça]", afirmou.


As equipes dos bombeiros aumentaram de 8 para 11 durante o combate às chamas. Segundo o major, os agentes trabalharam "para conter o fogo, para ele não passar para outros andares ou salas [do prédio]."


Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra uma grande quantidade de fumaça preta no topo do edifício.


O administrador Caio Serra, 40, estava trabalhando no prédio quando o incêndio começou. "Não vimos nada, só ouvimos o alarme e descemos as escadas", afirmou, sem especificar em qual andar estava.


Ele disse ainda que, ao sair do prédio, viu fumaça vindo da cobertura.


Ana Paula Moreira Picini, 45, advogada, diz que tudo aconteceu muito rápido.


Segundo ela, o alarme de incêndio tocou menos de cinco minutos após ela e colegas notarem que "caía fuligem" e pequenos objetos que todos acreditavam, primeiramente, "ser vidro".


"Nós chamamos os outros funcionários que ficavam mais longe das janelas e descemos pelas escadas. Os bombeiros dos prédios já estavam subindo para avisar os outros andares", afirmou, ressaltando que, além dos bombeiros e PM, a brigada de incêndio deu apoio à remoção das vitimas.


Outro trabalhador que estava no 21º andar do edifício, que não quis se identificar, endossou a versão dos bombeiros de que o fogo se originou no equipamento de ar-condicionado do prédio.


A reportagem apurou em frente ao edifício que o alarme de incêndio tocou, por poucos minutos, na quarta-feira (23). A polícia afirmou que irá investigar essa suposta suspeita.


Nesta quinta completam-se 50 anos do incêndio do edifício Andraus, também no centro de São Paulo, em que 16 pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas.


Estatísticas dos bombeiros indicam que, em 2021, foram registrados 6.474 casos de incêndio em edificações no estado de SP, equivalendo a 17,7 casos diários. No ano anterior, foram 6583 registros que, em relação a 2021, representam baixa de 1,6%. 


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