Putin conversa com Macron sobre operação militar na Ucrânia
Vladimir Putin teve uma conversa por telefone com o presidente da França sobre as recentes operações especiais na Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, discutiram a situação na Ucrânia durante uma conversa telefônica nesta quinta-feira (24), disse o Kremlin.
"Durante uma conversa telefônica solicitada pelo lado francês, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente francês Emmanuel Macron tiveram uma troca de opiniões séria e franca sobre a situação na Ucrânia", informou o governo da Rússia em comunicado.
O Kremlin acrescentou que Putin deu "explicações abrangentes das razões e circunstâncias para a decisão de realizar uma operação militar especial" na Ucrânia. As partes concordaram em manter contato.
O presidente da Rússia afirmou mais cedo, em encontro com empresários russos, que a nação "foi deixada sem opções", referindo-se à ação empreendida no país vizinho.
"O que está acontecendo é uma medida forçada. Não nos deram chances de agir de outra forma. Criaram tais riscos na esfera de segurança que não era possível reagir com outros meios", disse Putin.
Segundo o chefe da União Russa de Industriais e Empresários (RUIE, na sigla em inglês), Aleksandr Shokhin, as empresas russas terão de trabalhar em condições difíceis.
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse nesta quinta-feira (24) que a situação em torno da Ucrânia não é o começo de uma guerra, mas que se trata, pelo contrário, de uma tentativa de evitar um conflito mundial.
Zakharova também apontou que foram os EUA quem decidiram não estabelecer diálogo com a Rússia sobre a Ucrânia e a segurança global.
O Ministério da Defesa russo disse que os ataques militares não são direcionados para cidades ucranianas ou colocam em risco a população civil, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra. Horas após o início da operação, a entidade militar informou que a infraestrutura militar das bases aéreas das tropas ucranianas já está "sem uso".