Após Eclipse Lunar e Lua de Sangue, Onda de Frio intenso atinge Centro-Sul do Brasil e prejudica cidades que produzem alimentos
Uma onda de frio que derrubou as temperaturas nos estados do Centro-Sul do país deve ter uma influência no Norte e Nordeste, mas em menor escala
Na Norte do país, as cidades com maior declínio de temperatura estarão nos estados do Acre, Rondônia e no sul do Amazonas.
Entre esta quarta-feira (18) e quinta-feira (19), Rio Branco deve registar mínimas de 16ºC e 14ºC, respectivamente, assumindo o posto de capital mais fria da região durante o período.
Já no Nordeste a notícia não é boa para quem gosta do frio. Por lá, as temperaturas seguem altas e ainda faz calor.
"Teremos manhãs com temperaturas altas e o ar abafado e com chuvas pela tarde. Ou seja, o Nordeste vai ficar devendo para essa queda de temperatura", afirma.
Já o Sul para o sul da Bahia temos previsão de queda de temperatura, mas que também não será muito intensa, geralmente entre 15ºC e 16ºC.
O Yakecan foi reclassificado de ciclone para tempestade, ou seja, subiu de categoria.
O que significa Yakecan?
A expressão Yakecan significa "o som do céu" em tupi-guarani. A nomenclatura foi oficialmente estabelecida por meio do aviso especial nº 356, publicado no site do Centro de Hidrografia da Marinha.
Já a tempestade, embora seja uma formação semelhante, tem magnitude maior. Quando assume ventos de velocidade entre 89km/h a 117km/h, pode ser reclassificada quando se aproxima da costa.
Em ambos os casos, porém, o Yakecan é considerado um sistema subtropical. A principal diferença entre as classificações tropical, subtropical e extratropical se dá porque, próximo da superfície, o centro dos ciclones extratropicais é mais frio do que a atmosfera ao redor.
Por outro lado, o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas.
De acordo com a Marinha, devem ocorrer ventos estimados de 48 nós (88 km/h) nos setores sul e sudoeste e de 40 nós (75 km/h) nos setores noroeste e norte do sistema. O deslocamento previsto para o sistema é para oeste a noroeste, em direção à costa, quando poderá ser classificado como tempestade tropical, a partir da noite desta terça (17) até a noite de quarta (18).
Ventos
O que chama a atenção dos meteorologistas é que a trajetória dessa tempestade é anômala, pois tende a avançar do mar para o continente. O comum é que esses ciclones passem pela costa e avancem para alto-mar.
Eles podem provocar ventos intensos nas proximidades do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, podendo atingir 60 nós (110 km/h) entre os dias 15 e 19.
Neve
A tempestade também empurra a umidade do mar em cima de um ar frio. Por isso, há risco de nevar na serra gaúcha, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Se não em flocos, como ela se caracteriza, como chuva congelada ou congelante.
Neve se caracteriza quando cai em forma de floco. Já a chuva congelada também cai em forma de floco, mas, no caminho ao solo, fica líquida e depois volta à forma de gelo. A chuva congelante começa líquida e só congela ao tocar a superfície.
Nesta terça (17), Cambará do Sul registrou 4°C, com sensação de -4,3°C. Em Vacaria, os termômetros marcaram 3,6°C, com sensação de -3,5°C. E, em Canela, 4,7°C, com sensação de -2,7°C.
A tempestade também provoca chuvas de moderada a forte intensidade que devem atingir quase todas as áreas do estado. A região de Uruguaiana é a única com tempo aberto, poucas nuvens e sem possibilidade de chuva.
A tempestade subtropical Yakecan trouxe o frio da massa de ar polar para o Brasil e fez despencar as temperaturas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. E segundo meteorologistas não será a última vez que isso acontece. Terá mais vezes isso.
Outro ponto que chama a atenção é que as áreas mais afetadas foram, as cidades que mais produzem alimentos no Brasil, e que possuem grandes safras.