X.com o SUPER APP que Elon Musk quer criar ao comprar o Twitter, e unificar tudo nesta nova rede social inclusive o seu protótipo Neuralink



A primeira semana de outubro de 2022 trouxe uma pequena reviravolta na compra do Twitter, que anteriormente havia sido cancelada. Elon Musk, após rejeitar a aquisição da rede social devido a não concordar com um relatório sobre contas de spam e bots, voltou a repensar a ação.


Especialistas do mercado apontam que Elon fez isso como uma manobra judicial para evitar o processo que o Twitter abriu em julho de 2022 e que por sinal, tinha audiência marcada para 17 de outubro de 2022. Mas na verdade, o grande empresário pode ter outros planos para lançar o app X, que funcionaria como uma central de serviços. Entenda como o super app funcionaria e o que é necessário para isso dar certo.


O novo capítulo na compra do Twitter

A aquisição da rede social do passarinho azul já teve até agora, pelo menos três capítulos. Tudo começou em abril de 2022, quando o homem mais rico do mundo deu início ao processo ao fazer uma proposta de todas as ações por US$ 54,20 cada, o que daria cerca de US$ 44 bilhões.


Mas isso mudou em julho, quando, ele voltou atrás de sua decisão após receber um relatório indicando que apenas 5% das contas eram focadas em spam e postar conteúdos de bots. De acordo com um relatório secundário contratado pelo mesmo, Musk acredita que o número era muito maior. Com o cancelamento da então compra, as ações do Twitter tiveram uma baixa e a rede social tomou uma ação drástica: foi aberto um processo contra Elon com o argumento de que o bilionário estava praticando sabotagem para se salvar da compra que não foi concluída.


Uma audiência estava marcada para acontecer no dia 17 de outubro de 2022 em que Musk teria que depor sobre o caso. Mas tudo foi interrompido devido à uma ação que foi provavelmente indicada pelos advogados de Elon: ele retomou a compra da rede social pelo valor inicial: US$ 54,20 por ação.



Os advogados não queriam apenas evitar que a compra do Twitter terminasse em um processo judicial, mas também evitar que o nome dele ficasse comprometido na indústria dos negócios. Então, como já dissemos em uma matéria publicada durante a primeira semana de outubro, que a compra da rede social foi retomada. A finalização de todo o processo está prevista para 2023 e ainda depende de aprovação de todos os acionistas, assim como validação da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.


Mas uma semana antes de retomar o processo, Elon Musk reforçou sua vontade de criar um super app por meio desta compra.


O que seria um super app?

De uma forma literal, um super app é um âmbito digital onde pessoas conseguem fazer diversas tarefas de seu dia a dia. A ideia é que uma pessoa consiga pagar boletos, ter uma conta própria para receber dinheiro, fazer compras e até mesmo solicitar delivery em um só lugar.


Entrando ainda mais na prática, isso é o que aplicativos como o Rappi já fazem. É uma atividade um tanto complexa, pois a empresa que cuida do super app precisa cuidar de diversas demandas ao mesmo tempo e de forma alguma, os serviços não podem deixar de funcionar. Ainda mais se tudo estiver tudo integrado.


A principal ideia-base de Elon Musk é o WeChat, da China. O mensageiro foi lançado em 2011 como um grande concorrente do WhatsApp e apenas na Google Play, acumula mais de 100 milhões de downloads. Algumas pesquisas sugerem que um usuário chinês gasta até um terço das horas em que está acordado apenas no WeChat.


Muito tem sido dito sobre como sua onipresença na vida cotidiana chinesa, operando em uma sociedade rigidamente controlada pelo governo, transformou o WeChat em uma ferramenta de vigilância e censura.


Mensagens, postagens e até mesmo contas são bloqueadas rotineiramente por conteúdo considerado politicamente sensível.



Além disso, há preocupações de como isso poderia contribuir para os diversos esquemas controversos de "crédito social" na China, onde a vida do cidadão pode ser restringida com base em suas pontuações de crédito bancário ou comportamento social.


Em 2020, o WeChat introduziu seu próprio sistema de pontuação, em que os usuários obtêm privilégios extras se tiverem bons registros de crédito no aplicativo.


Além de permitir a troca de mensagens diretas e em grupo, é possível postar fotos no estilo de rede social dentro do WeChat, realizar pagamentos (entre usuários e em estabelecimentos) e até mesmo há um sistema de pontos que dá acesso a benefícios exclusivos para os “melhores usuários”. A última contagem oficial aponta que a China tenha 1,29 bilhão de usuários do We Chat, o que para um país como este, é literalmente muito.


Outro super app bastante utilizado na Ásia é o Grab, que permite a realização de compras em estabelecimentos locais para que tudo seja entregue em casa, no estilo iFood. Este super app também conta com um serviço de carros que funciona da mesma forma que o Uber. É claro que há um serviço de pagamentos que conta com cartão de crédito e sim, você pode fazer compras online e até mesmo enviar encomendas, tudo pelo Grab.


Super apps são uma tendência apenas no Oriente e não há uma empresa que opere com esta maestria no Ocidente. Musk seria o primeiro empresário a colocar a ideia em prática e de acordo com ele, a compra do Twitter seria apenas o caminho inicial para que isso dê certo. Ou seja, a rede social seria mais que um lugar para se falar sobre os diversos assuntos da sociedade.

Funcionamento do app X

A letra X não foi escolhida por Elon Musk devido à uma coincidência. Em 1999, o atual homem mais rico do mundo fundou o banco online X.com, que mais tarde foi fundido com a empresa Confinity para se tornar o PayPal que conhecemos hoje. Como você sabe, a ideia seguiu dentro do mercado que nasceu até hoje, mas esta não era o foco de Musk.

Em um tweet postado em 05 de outubro de 2022, ele disse que compra do Twitter é uma forma de acelerar a visão original da X.com. Ou seja, desde 1999, ele tinha a vontade de criar um super app. Veja:

Elon Musk voltou a falar de forma mais aberta sobre o app X em maio de 2022: durante uma participação no podcast All In, ele citou que precisa converter o Twitter em um app novo e que agrega mais na vida das pessoas. Durante uma reunião com funcionários da rede social, Musk também citou que tem o grande desejo que o site se torne uma grande “praça digital” que permite que além da rede social seja um local para postar vídeos e comentários, também atue como um canal para a realização de pagamentos criptografados.


Se você está na China, você meio que vive no WeChat. Ele faz tudo. É como o Twitter, além do PayPal, além de um monte de coisas em um, com uma ótima interface. É realmente um aplicativo excelente, e não temos nada parecido fora da China.

Elon Musk sobre o lançamento sobre o super app X


Por que Elon Musk quer ter este novo projeto?

O homem mais rico do mundo sempre teve a vontade de inovar em diversos mercados e o app X é mais uma tentativa dele em melhorar a vida de quem mora no Ocidente.

A ideia parece dar certo na teoria, mas também pode ter desafios: é certo que o super app teria grandes concorrentes que atualmente fazem seu trabalho com grande maestria. Não precisamos lembrar que a Amazon está consolidada no mercado de vendas online e o próprio PayPal tem um grande nível de confiança de quem precisa receber e/ou enviar dinheiro para outras pessoas.

Em uma resposta a um seguidor, o grande empresário citou que a aquisição do Twitter adiantaria o desenvolvimento do app X em cerca de 3 a 5 anos, mas que ele também poderia estar errado. Dessa forma, além de se livrar de um processo judicial, ele estaria comprando uma plataforma com um alto número de usuários que também permitiria o desenvolvimento deste projeto secundário.

Elon musk falando sobre o super app x e compra do twitter em captura de tela
De acordo com estimativas do próprio bilionário, é provável que veremos mais informações sobre isso apenas entre algum momento entre os meses de 2025 a 2028. Isso porque para começar a colocar tudo em prática, Elon ainda precisa concluir a compra da rede social do passarinho azul.
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