Real Digital: É um dos projetos de CBDC mais avançandos no Mundo; Carteira Digital deverá chegar em até 1 e meio

 


Em um cenário em que governos no mundo todo tentam acompanhar a evolução do mercado de criptoativos, tem sido cada vez mais comum ouvir falar no desenvolvimento das chamadas Moedas Digitais de Bancos Centrais, ou CBDC, na sigla em inglês. E o Brasil está na frente das principais potências globais neste segmento.


Essa é a visão da Fireblocks, empresa israelense que é uma das maiores custodiantes de cripto do mundo, e que está próxima do Banco Central brasileiro, acompanhando de perto a evolução da CBDC do país, o real digital.


“Temos observado os desenvolvimentos [de CBDCs] em todo o mundo e o Brasil é um dos mais desenvolvidos, então estamos conversando com os bancos e o Banco Central para entender mais sobre o ecossistema e vendo onde podemos alavancar nossa tecnologia para apoiá-los”, diz Varun Paul, diretor de infraestrutura de mercado e CBDC da Fireblocks.


Michael Shaulov, explicaram que têm acompanhado o andamento de projetos de CBDCs em países do G20 e que o Brasil está bem à frente, com uma moeda que interage com um sistema de stablecoins. Segundo Shaulov, esse é um momento-chave para o andamento do real digital diante dos pilotos que estão no ar no âmbito do laboratório de experimentações LIFT.


Paul explica que é preciso criar uma camada de intermediação para evitar que o BC fique com todo o controle de um sistema financeiro em que os bancos oferecem crédito. E é nesse ponto que a tecnologia da Fireblocks pode ser útil, já que a companhia oferece tecnologia de custódia em que é possível manter qualquer tipo de token, seja um CBDC, stablecoin, uma criptomoeda ou um token não fungível (NFT).


Shaulov conta que a Fireblocks está envolvida em pelo menos um dos projetos-piloto do real digital e que tem tido conversas com o BC e outros líderes de projetos. “Estamos mostrando que podemos trazer experiência da vida real para o ecossistema dos pilotos. Portanto, não será mais apenas escrever relatórios e iremos mostrar o que podemos fazer na vida real”, afirma.


O executivo reforça também o formato da CBDC brasileira, que tem um foco muito forte em ser um “dinheiro programável”, com um papel de interoperabilidade entre blockchains e outros sistemas, diferentemente do que diversos países estão buscando. É o caso da China, em que o dinheiro digital oficial do governo tem um papel muito mais próximo do que temos no Brasil com o Pix, focado em pagamentos instantâneos.


“Parte da nossa infraestrutura permite que você interaja com os mecanismos mais complexos da blockchain, essencialmente contratos inteligentes, que acionam diferentes operações. Então, acho que o que provamos ao longo do tempo é que podemos apoiar todo o ecossistema movendo-se na velocidade certa, desde o conceito até o teste e a produção em escala”, explica Shaulov.


Campos Neto espera criação da carteira digital em até 1 ano e meio


O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse nesta última 3ª feira que espera a criação de uma carteira digital inteligente em até 1 ano e meio. A ferramenta é um aplicativo “integrador” que reúne diversos dados financeiros, como saldo em todos os bancos e instituições financeiras, além de opções de Pix, débito, crédito, investimentos e outros serviços, como seguros.


Na prática, é um aplicativo bancário que inclui os dados dos clientes em todas as instituições financeiras. 

Segundo Campos Neto, a aplicativo fará com que bancos ofereçam o crédito que a pessoa procura com a oferta de taxas de juros mais baixas.

“Se você quiser fazer uma operação de Pix via crédito, […] muito provavelmente os bancos já vão aparecer com a oferta de crédito on-line, com a taxa de crédito para aquela operação. Vai ter uma competição on-line por isso”, declarou.


Outra funcionalidade importante na carteira do cidadão é a possibilidade de navegar os investimentos entre um banco e outro automaticamente.


“Você vai ter duas carteiras: o Pix, que vai ser o integrador da carteira do dinheiro físico. E vai ter a carteira digital”, declarou.


Na carteira digital, Campos Neto afirmou que haverá o real digital, a moeda oficial do Brasil em formato virtual. Ele disse que a pessoa poderá navegar entre a moeda física e digital automaticamente.


Ele disse que o real digital –o CBDC (Central Bank Digital Currency) do Brasil– deverá ser testado em 2024 e aberto à população em 2024, no último ano do mandato de Campos Neto no BC.


CONTROLE DE FINANÇAS

O aplicativo da carteira do cidadão terá  o botão “posição consolidada” e passaria a ver o saldo, gastos em operação em cada operação de crédito e outras despesas.


“Você vai apertar um botão e vai ter todo o seu cash flow, tudo o que você deve em todos os bancos, todos os ativos e todos os passivos de forma centralizada”, declarou.


Roberto Campos Neto disse que os fluxos de pagamentos serão programáveis, o que cria uma “quantidade” muito grande de dados que vai baixar para a carteira digital e permite a monetização dos dados.


“É o processo final de toda essa digitalização do sistema que é você ter o domínio dos seus dados e poder emitir token para poder negociar os seus dados”, declarou.


Motorola lança primeira conta digital do mundo integrada a um smartphone


O Dimo oferece todas as funcionalidades de uma conta corrente completa. Nele é possível fazer pagamento de contas e boletos, transferir por Pix e TED, optar pela portabilidade de salário, recarregar os créditos no celular, sacar no Banco24Horas e antecipar até cinco parcelas do saque-aniversário do FGTS.


Agora, em uma iniciativa inédita, a Motorola anuncia a primeira conta digital do mundo integrada a um smartphone: o Dimo. Segundo a empresa, o objetivo é conectar pessoas às suas vidas financeiras, oferecendo uma conta fácil de usar, segura e livre de tarifas de manutenção.


De acordo com a Motorola, o Brasil é o primeiro país do mundo a receber a solução de conta bancária integrada ao smartphone. A empresa revelou ao Cointelegraph, que o Dimo oferece todas as funcionalidades de uma conta corrente completa.


Nele é possível fazer pagamento de contas e boletos, transferir por Pix e TED, optar pela portabilidade de salário, recarregar os créditos no celular, sacar no Banco24Horas e antecipar até cinco parcelas do saque-aniversário do FGTS.


Dinheiro digital

Além disso, segundo a empresa, o Dimo permite fazer pagamentos utilizando o Google Pay. O Dimo já nasce com 30 mil clientes, que participaram da fase beta do projeto, com duração de um ano para que o funcionamento pudesse ser testado e aperfeiçoado constantemente até o seu lançamento oficial.


O serviço, inicialmente exclusivo para os usuários da marca, pode ser acessado diretamente pela plataforma Hello You, sem precisar baixar nenhum aplicativo.


A empresa também revelou que para minimizar o impacto dos roubos de smartphones em todo o Brasil, a Motorola irá implementar em breve um sistema exclusivo à sua conta digital. Chamado Motosafe, o usuário poderá solicitar o bloqueio do smartphone pela Central de Atendimento em caso de perda, roubo ou furto**.


"Dimo representa uma iniciativa que proporciona inclusão digital financeira, de forma simples e sem cobrança de taxas de manutenção”, diz Renato Arradi, diretor de Serviços Digitais da Motorola, responsável pelo Dimo.


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