Em vista à Israel, Joe Biden diz que Israel sofreu um ataque do Hamas no 07 de Outubro de 2023 tão mortal desde o Holocausto, e que houve um novo 11 de Setembro na Faixa de Gaza

 

Declarando que “7 de Outubro foi o dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto”, o Presidente dos EUA prometeu “não ficar parado e não fazer nada novamente, nem hoje, nem amanhã, nem nunca”.

Ao longo de seus vários discursos durante sua curta, mas intensa, visita a Israel, o presidente Joe Biden evocou repetidamente duas tragédias para judeus e norte-americanos: o Holocausto e o 11 de Setembro. Ele voltou a esses dois temas durante os comentários que antecederam sua partida de Israel como "o primeiro presidente dos EUA a visitar Israel em tempos de guerra" Declarando que "7 de outubro foi o dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto", ele enfatizou a diferença entre os dois eventos. Embora durante o Holocausto "o mundo não tenha feito nada", Biden disse que garantiria que desta vez seria diferente.

"Não vamos ficar parados e não fazer nada novamente", prometeu Biden. "Nem hoje, nem amanhã, nem nunca." Ele afirmou que seu país "continuará a ter as costas de Israel enquanto você trabalha para defender seu povo". Sua comparação do 11/9 também trazia uma mensagem de cautela para o Estado judeu, alertando-o para não cometer "erros" como os EUA fizeram após seu traumático ataque por terroristas. Os eventos de 7 de outubro, disse ele, "foram descritos como o 11/9 de Israel. Mas para uma nação do tamanho de Israel era como quinze 9/11s." Essa experiência, disse ele, "aproveitou um sentimento primordial" como o 11 de Setembro nos Estados Unidos, de "choque e dor" e "raiva avassaladora" que "muitos americanos compreendem".

“Você não pode olhar para o que aconteceu com suas mães, pais, avós, filhos e até mesmo bebês e não gritar por justiça. A justiça deve ser feita. Mas eu lhe aviso que enquanto você sentir essa raiva, não se deixe consumir por ela. Depois do 11 de Setembro nos EUA, ficámos furiosos, enquanto buscávamos justiça e obtínhamos justiça. Também cometemos erros”

Biden traçou contrastes entre Israel e o Hamas dizendo: “Enquanto Israel procura minimizar as baixas civis, o Hamas quer maximizar as baixas civis. O Hamas quer matar o maior número possível de israelenses e não tem qualquer consideração pelas vidas palestinas”.

Finalmente, depois de notar que estava “profundamente triste e indignado com a explosão no hospital de Gaza”, que Biden disse parecer ter sido levada a cabo “pela outra equipa”, ou seja, o Hamas, a mensagem de Biden foi clara relativamente ao tipo de comportamento que ele esperado do país que ele abraçou com tanta força o dia todo.

Embora se abstenha de uma exigência direta de que Israel cumpra as regras internacionais de envolvimento em Gaza, Biden disse: “Você é um Estado judeu, mas também é uma democracia”, disse ele, acrescentando: “Você não vive de acordo com as regras dos terroristas, vocês vivem de acordo com o Estado de direito. Quando os conflitos surgem, vocês vivem de acordo com a lei das guerras. O que nos diferencia dos terroristas é que acreditamos na dignidade fundamental de cada vida humana.”

Em relação aos 199 israelenses e estrangeiros sequestrados em 7 de outubro e detidos pelo Hamas, Biden enfatizou que os EUA estão “trabalhando com parceiros em toda a região, buscando todos os caminhos para trazê-los para casa”.

No entanto, Biden recusou-se a falar publicamente sobre os detalhes: “Deixe-me assegurar-lhe, como presidente americano, que não há maior prioridade do que libertar o regresso seguro de todos estes reféns”.