Preço do ouro passa dos US$ 2 mil após reinício do conflito entre Israel-Hamas

O preço do metal precioso está passando por uma nova alta devido às hostilidades, após semelhantes subidas em 2020 e 2022.

O preço do ouro aumentou 10% depois do ataque do Hamas a Israel, superando os US$ 2 mil (R$ 10,1 mil) por onça, o que o tornou líder em relação ao índice S&P 500.

Dados do Dow Jones Market indicam que o S&P 500 SPX, índice que inclui as maiores empresas das bolsas de valores NYSE e NASDAQ, registrou um aumento de 7,8% desde o início de 2023, enquanto os futuros de ouro do primeiro mês subiram 9,2% no mesmo período.

O máximo de US$ 1.987,20 (R$ 10.036), atingido na última quinta-feira (26), para os contratos futuros de ouro GC00 de outubro, não era observado desde 16 de maio, de acordo com dados da FactSet. Foi uma subida de 7,5% desde o final de setembro.

O desempenho do ouro em 2022 destacou ainda mais seu status como um ativo sustentável. Um fenômeno semelhante foi observado em 2020, quando o aumento foi de 24,4%, eclipsando a alta de 16,3% do índice S&P 500.



Uma pesquisa do Conselho Mundial de Ouro (WGC, na sigla em inglês) mostra que cerca de 24% dos bancos centrais de todo o mundo planejam aumentar suas reservas do metal até o final deste ano.

Os bancos centrais de mercados emergentes estão cada vez mais dispostos a aumentar suas reservas de ouro: 71% dos entrevistados esperam que as reservas dos bancos centrais aumentem neste ano, em comparação com 61% em 2022. No ano passado os bancos centrais receberam um recorde de 1.136 toneladas de ouro, devido ao aumento das taxas de juros, à escalada das sanções contra a Rússia e ao aumento da inflação.

Historicamente o metal precioso é um porto seguro em meio a crises econômicas, turbulências no mercado de ações, conflitos armados e pandemias. Os especialistas do mercado creem que a agitação geopolítica no Oriente Médio continue sendo um fator crucial para o aumento do preço do ouro.

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