Suspeita de morte por febre Oropouche de homem que se hospedou em Blumenau em Santa Catarina é investigada


Uma suspeita de morte por febre de Oropouche, de um homem que se hospedou em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é investigada, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), na segunda-feira (22).


O Ministério da Saúde confirmou que o caso de Santa Catarina é apurado. Outras duas suspeitas de mortes por febre de Oropouche são investigadas, ambas na Bahia. Não há nenhum caso de óbito pela doença confirmado no Brasil este ano, adiantou o ministério.


O homem que esteve em Blumenau é morador do Paraná e morreu em abril deste ano. Durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina.


A Dive informou que ele se hospedou em Blumenau, mas como veio ao estado a passeio, pode ter passado por mais cidades, o que será apurado.


No total, Santa Catarina registrou, em 2024, 140 casos de febre de Oropouche, a maioria no Vale do Itajaí. Este ano foi a primeira vez na história que o estado teve casos da doença.


Cidades de SC com mais casos da febre Oropouche

Luiz Alves 65  

Botuverá 35

Blumenau 9 

(Número de casos atualizado pela última vez em 22/07/2024)


Febre do Oropouche

Conforme o Ministério da Saúde, a febre do Oropouche é causada por um arbovírus e é transmitida por mosquitos, principalmente Culicoides paraensis, conhecido como maruim, e o Culex quinquefasciatus, chamado popularmente de pernilongo.


Os sintomas são parecidos com os da dengue e da febre de chikungunya. São eles:


dor de cabeça

dor muscular

dor nas articulações

náusea

diarreia

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento dos sintomas, e ter acompanhamento da rede municipal de saúde, conforme a Dive.


Como esses insetos se reproduzem em locais com matéria orgânica, ao contrário do Aedes aegypti, transmissor da dengue, que precisa de água parada, o controle populacional desses mosquitos é mais difícil.


Como forma de prevenção, a Dive recomenda barreiras físicas contra o maruim, como o uso de roupas compridas e telas em janelas. Não há no mercado um repelente muito eficaz contra o inseto.


A doença começou a ser registrada no Brasil em 1960 e ocorria mais no Norte do país, de acordo com o diretor da Dive/SC.

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