Revista The Economist lança nova capa ¨O Mundo À Frente¨ sobre o ano de 2025, e algumas matérias especiais sobre o próximo ano

A Revista Britânica The Economist (O Economista) que é chefiada pelos Rothschilds, lançou a nova versão de The World Ahead (O Mundo à Frente 2025) na última segunda-feira 18/11.



Esta nova capa, traz a Presidente da União da Europeia, Ursula Von Der Leyen, o Presidente e ator da Ucrânia Volodymir Zelensky, Vladimir Putin da Rússia, Xi Jinping da China, um olho observado tudo, e o retorno de Donald Trump, no centro de 2025, há um destaque no quadro dele vermelho, significando alerta e perigo, este contorno vermelho, também está presente nos quadros do punho vermelho, onde destacam o continente da América, no gráfico de economia, em Putin, em Saturno no topo da imagem e na Mulher, que possivelmente esta representando o feminismo. O continente da América ganha destaque no lado esquerdo, enquanto o continente da África, Europa, (Oriente Médio) e Ásia ganham destaque no lado direito. Saturno 🪐 é visto no topo algum evento importante alinhado com a estrela errante, que será a perda dos anéis, isto ocorre a cada 29 anos. Depois há um carro elétrico, um olho radioativo, um gráfico da economia subindo, no outro descendo. Um quadro com código binário, um Foguete, uma caixa.


O que diz na introdução da Capa:


Donald Trump retorna - As consequências globais - Guerras comerciais, uma perspectiva tarifária Geopolítica agora para os aliados da América! 


Imigração: A próxima repressão na fronteira. Hora do clima e de conversar sobre geoengenharia - Ano Decisivo para a Inteligência Artificial. A aposta de US$ 1 trilhão de Dólares valerá a pena?


Detalhe que nesta capa, há um muro por trás das imagens. O que vai cair desta vez ou será destruído tal como fora o Muro de Berlim em 1989?!


A Capa da Revista The Economist 2024 em GIF:


Primeiro, vimos Donald Trump afirmar que vai trazer os Estados Unidos da América para uma Era de Ouro, então a nova capa da The Economist (O Mundo à Frente 2025) divulga isso? Na mitologia grega antiga, a Idade de Ouro era um paraíso hedonista governado por Saturno, semelhante ao mundo pré-diluviano, que era habitado por gigantes violentos e feiticeiros pagãos.



Curiosamente, os teosofistas que ajudaram a fundar as Nações Unidas, bem como o movimento da Nova Era, afirmaram que o mundo está em transição para a Era de Aquário, uma época astrológica associada a Saturno.


Na Moeda dos acordos de Abraão, lançada em celebração ao Acordo Histórico de 31/08/2020 entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein onde um voo foi feito de Abu Dhabi à Jerusalém. Podemos ver onde se forma a espada na moeda, há uma antena, engrenagens ⚙️, compartilhamento, vacinação💉, Palmeira, Satélite, a Starship (Nave Estelar) uma pomba 🕊 (a tal Golden Dove, pomba dourada da falsa paz mencionada em White Night da Banda Judaica-Canadense Messhiah Force). E depois, tal como na capa da The Economist - O Mundo à Frente 2025, saturno 🪐 está presente no topo. Nesta moeda assinaram o nome de Donald John Trump da maneira internacional e também em árabe.


Trecho do Alcorão que foi colocado na moeda: E se alguém se inclina para a paz, ele se inclina para você. Anfal 61 ou 8:61.


Os Thelemitas de Crowley e até mesmo Carl Jung fizeram afirmações semelhantes sobre o Novo Aeon. No entanto, Jesus Cristo disse que os dias antes de Seu retorno se assemelhariam aos dias antes do Dilúvio.


Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.

Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do Homem.

Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca;

e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem. Mateus Capítulo 24 versículos 36 ao 39.


                                     
Tom Standage - Editor e criador da Capa The Economist The World Ahead 2024 e 2025


O que ele diz sobre os 10 tópicos principais da Capa O MUNDO À FRENTE 2025:


PARECE APROPRIADO que 2025 tenha sido designado o ano da ciência e tecnologia quânticas pelas Nações Unidas. Porque, assim como o gato de Schrödinger, que (em um experimento mental quântico) estava vivo e morto ao mesmo tempo dentro de uma caixa fechada, 2025 pairou em uma superposição de dois estados muito diferentes, definidos pelo resultado da eleição norte-americana. Agora que as urnas foram abertas, o mundo sabe qual 2025 esperar: aquele em que Donald Trump retorna à Casa Branca. Com essa incerteza resolvida, aqui estão dez temas para observar no próximo ano.


1. A escolha da América.

As repercussões da vitória arrebatadora do Sr. Trump afetarão tudo, desde a imigração e defesa até economia e comércio. Sua política de "América em Primeiro Lugar" (America First) fará com que amigos e inimigos questionem a solidez das alianças norte-americanas. Isso pode levar a realinhamentos geopolíticos, tensões aumentadas e até mesmo a proliferação nuclear.


2. Os eleitores esperam mudanças.

De modo mais geral, os partidos em exercício se saíram mal na onda sem precedentes de eleições de 2024. Alguns foram expulsos (como nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha); outros foram forçados a formar uma coalizão (como na Índia e na África do Sul); outros foram empurrados para a coabitação (como em Taiwan e na França). Portanto, 2025 será um ano de expectativas. Os novos líderes podem cumprir o que prometeram? Os líderes humilhados mudarão? Se não, a agitação pode seguir.


3. Desordem mais ampla.

O Sr. Trump pode pressionar a Ucrânia a fazer um acordo com a Rússia e dar a Israel carta branca em seus conflitos em Gaza e no Líbano. A postura mais transacional dos Estados Unidos e o ceticismo em relação a envolvimentos estrangeiros encorajarão a criação de problemas pela China, Rússia, Irã e Coreia do Norte (o "quarteto do caos") e mais intromissão de potências regionais, como a vista no Sudão atingido pela crise. Mas não está claro se os Estados Unidos enfrentariam a China em um conflito por Taiwan ou no Mar da China Meridional.


4. Perspectivas de tarifação.

Por enquanto, a rivalidade dos Estados Unidos com a China se manifestará como uma guerra comercial, à medida que o Sr. Trump impõe restrições e aumenta as tarifas — inclusive sobre os aliados dos Estados Unidos. À medida que o protecionismo se intensifica, as empresas chinesas estão se expandindo para o exterior, tanto para contornar barreiras comerciais quanto para explorar novos mercados no sul global. Tanto para o desacoplamento; as empresas chinesas, construindo fábricas do México à Hungria, têm outros planos.


5. Explosão de tecnologia limpa.

O governo da China incentivou exportações crescentes de painéis solares, baterias e veículos elétricos para compensar uma economia doméstica fraca. O resultado é uma explosão de tecnologia limpa liderada pela China, com a adoção de painéis solares e armazenamento em rede superando as previsões. E o mundo logo saberá se as emissões globais atingiram o pico.


6. Depois da inflação.

Os banqueiros centrais do mundo rico celebraram a derrota da inflação. Agora, as economias ocidentais enfrentam um novo desafio: reduzir déficits, aumentando impostos, cortando gastos ou impulsionando o crescimento. Muitas também podem ter que aumentar os orçamentos de defesa. Escolhas econômicas dolorosas se aproximam. Na América, as políticas do Sr. Trump vão piorar as coisas: pesadas tarifas de importação podem prejudicar o crescimento e reacender a inflação.


7. Perguntas antigas.

A América acaba de escolher seu presidente eleito mais velho. Líderes mundiais estão envelhecendo, junto com suas populações. Espere mais discussões sobre limites de idade para líderes políticos. Enquanto isso, a China está buscando oportunidades econômicas em um mundo envelhecido. Em partes do Oriente Médio, por outro lado, uma população jovem em expansão, juntamente com uma escassez de empregos, corre o risco de instabilidade.


8. Momento decisivo para a IA.

É a maior aposta na história dos negócios: mais de US$ 1 trilhão está sendo gasto em data centers para inteligência artificial (IA), embora as empresas ainda não tenham certeza de como usá-la e as taxas de adoção sejam baixas (embora muitos trabalhadores possam simplesmente estar usando-a em segredo). Os investidores perderão a coragem ou a IA provará seu valor, à medida que os sistemas "agentes" se tornarem mais capazes e os medicamentos desenvolvidos por IA surgirem?


9. Problemas de viagem.

O movimento global de pessoas, não apenas de mercadorias, enfrenta atrito crescente. O conflito está interrompendo a aviação global. A Europa está adicionando novos controles de fronteira e seu sistema Schengen sem fronteiras está se desgastando. A reação contra o "turismo excessivo" diminuirá em 2025, mas as restrições introduzidas por muitas cidades, de Amsterdã a Veneza, permanecerão.


10. Vida de surpresas.

Com tentativas de assassinato, walkie-talkies explodindo e foguetes gigantes sendo capturados por hashis, uma lição de 2024 foi esperar o inacreditável. Que coisas que parecem implausíveis podem acontecer em 2025? Nossa seção "Wild cards" (Cartas selvagens) oferece uma seleção para ficar de olho, incluindo uma tempestade solar devastadora, a descoberta de textos antigos perdidos — e até mesmo outra pandemia global.


Para navegar no futuro, pode ajudar a antecipar o improvável. Esperamos que você ache o The World Ahead 2025 um guia útil para o próximo ano, quaisquer que sejam as surpresas que o aguardam. Encerra Tom Standage.


O Calendário 2025, segundo a THE ECONOMIST:


Janeiro

À medida que o ano novo amanhece, as obras de Frida Kahlo e Henri Matisse entram em domínio público.

As Nações Unidas declararam 2025 o ano internacional da ciência e tecnologia quântica, cooperativas e preservação de geleiras, entre outras coisas.

Não europeus que visitam a Grã-Bretanha devem ter uma ETA (autorização eletrônica de viagem), que custa £ 10 (US$ 13). Os europeus precisarão de uma a partir de abril.

O ano novo chinês é comemorado, pois o ano da serpente terrestre começa. Dizem que os nascidos sob este signo são inteligentes, calmos e misteriosos.


Fevereiro

O Super Bowl LIX (59) acontece em Nova Orleans. Kendrick Lamar será a atração principal da apresentação musical do intervalo.

As eleições são realizadas no Equador para a presidência e assembleia nacional. Um segundo turno ocorrerá em abril, se necessário.

Sunita Williams e Barry Wilmore, dois astronautas da NASA que deveriam passar oito dias na Estação Espacial Internacional a partir de junho de 2024, ¨retornam¨ à Terra após oito meses em órbita. O veículo Boeing Starliner que os levou ao espaço teve problemas técnicos e retornou à Terra sem tripulação em setembro, forçando os astronautas a retornarem para casa em um veículo SpaceX Dragon.


Março

A temporada de escalada começa no Monte Everest. Pela primeira vez, drones serão usados ​​para transportar suprimentos para cima e lixo para baixo, como parte de um esforço para reduzir a quantidade de lixo deixada na montanha. Os testes de drones para esse propósito ocorreram em 2024.



A 97ª edição do Oscar acontece em Los Angeles. Para quem vai o Oscar?


A primeira corrida de Fórmula 1 do ano acontece na Austrália. A temporada de 24 corridas terminará em Abu Dhabi em 7 de dezembro.

Um eclipse solar parcial é visível em partes da América do Norte, Groenlândia, Europa, noroeste da África e noroeste da Rússia.

Abril

A Expo 2025 começa em Osaka, Japão, e continuará até 13 de outubro. Acontecerá em Yumeshima ("ilha dos sonhos"), uma ilha artificial na Baía de Osaka. O tema é "Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas".

Maio

A Ryanair, a maior companhia aérea da Europa, encerra o uso de cartões de embarque em papel e check-ins em aeroportos em favor de documentos e processos de viagem totalmente digitais.

A Bienal de Arquitetura abre em Veneza e continuará até 23 de novembro. O curador é Carlo Ratti, arquiteto e urbanista que é diretor do Senseable City Lab no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. O tema é "Intelligens".

O Festival Eurovisão da Canção acontece em Basileia, na Suíça.

Em Nova York, o Metropolitan Museum reabre suas galerias Arts of Africa após quatro anos de reforma. Em Londres, o V&A East Storehouse abre suas portas, expandindo o acesso à vasta coleção armazenada do V&A Museum.

Junho

O SXSW sedia sua primeira conferência em Shoreditch, Londres. O festival de tecnologia e cultura está se expandindo de sua base em Austin, Texas, e já realizou eventos em Sydney.

A Copa do Mundo de Clubes da FIFA começa nos Estados Unidos, colocando 32 times, todos vencedores de campeonatos continentais de futebol, uns contra os outros. O Manchester City é o atual campeão do mundo.

Julho

A Suécia elimina seu imposto sobre passagens aéreas, que foi introduzido em 2018.

A Rússia planeja começar a "introdução extensiva" do rublo digital, uma criptomoeda emitida pelo governo ou "moeda digital do banco central" (CBDC).

O torneio de futebol feminino da UEFA Euro 2025 começa na Suíça.

O Tour de France de 2025 começa em Lille.

Agosto

Fãs de "cerveja de verdade" convergem para Birmingham, Inglaterra, para o Great British Beer Festival.

Os 80º aniversários dos ataques nucleares nas cidades de Hiroshima e Nagasaki são comemorados no Japão.

Os Jogos Mundiais de 2025, abrangendo 35 esportes não incluídos nas Olimpíadas, começam em Chengdu, China. Os esportes incluem squash, korfball, fistball, floorball, disco voador, bilhar, levantamento de peso, cabo de guerra, wakeboard e kickboxing. Cheerleading e powerboating serão incluídos pela primeira vez.



A Ocean Race Europe, que apresenta barcos de alta velocidade que deslizam sobre a água, começa em Kiel, Alemanha. O percurso vai do Mar Báltico, através do Mar do Norte e Canal da Mancha, e entra no Oceano Atlântico antes de terminar no Mediterrâneo.

A Copa do Mundo de Rúgbi Feminino de 2025 começa na Inglaterra.

Setembro

O tiro de largada é dado para o Campeonato Mundial de Atletismo em Tóquio.

A 13ª edição da Copa do Mundo de Críquete Feminino começa na Índia. Oito equipes competirão em 31 partidas.

Um eclipse solar parcial é visível na Nova Zelândia e em partes da Oceania, Antártida e Oceano Pacífico.

Outubro

A publicidade de junk food (Comida que não é saudável) online e na televisão antes das 21h é proibida na Grã-Bretanha como parte de uma campanha para reduzir a obesidade infantil.

A Microsoft retira o suporte para uma série de produtos, incluindo Windows 10, Office 2016, Office 2019 e algumas versões do Exchange Server. Todos os softwares continuarão funcionando, mas a Microsoft não fornecerá mais correções de bugs, patches de segurança ou atualizações.

Palisades, uma usina nuclear de 800 megawatts em Michigan, deve ser reiniciada, a primeira de várias usinas nucleares fechadas a serem recomissionadas na América. Ela foi inaugurada originalmente em 1971 e foi fechada em 2022.

Jogadores comemoram o lançamento de "Grand Theft Auto 6" GTA, a mais recente edição da franquia de videogame de roubo de carros, 12 anos após a versão anterior.

Novembro

Eleições presidenciais e parlamentares acontecem no Chile.

A conferência climática COP30 começa na cidade amazônica de Belém do Pará, Brasil. Os delegados poderão visitar um novo Museu da Amazônia que acaba de ser inaugurado na cidade, que é conhecido como o "portal para a Amazônia".

O maior centro de esqui indoor do mundo é inaugurado na cidade chinesa de Shenzhen.

Rumor: Vírus SPARS pode ser anunciado pelo CDC dos EUA, em Novembro de 2025.

Dezembro

As finais da Copa Africana de Nações (AFCON) de futebol começam no Marrocos, após um atraso de seis meses para evitar um confronto com a Copa do Mundo de Clubes.

A partir do dia de Natal, motoristas de veículos elétricos em Londres devem pagar a taxa de congestionamento de £ 15 (US$ 19) da cidade para dirigir no centro. Eles eram isentos anteriormente.

O Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR) entra em vigor, tendo sido adiado por um ano. Ele exige que empresas que vendem produtos na Europa demonstrem que são livres de desmatamento e não estão ligados à degradação florestal ou à colheita e comércio ilegais.


Em algum momento de 2025

Artemis II, a primeira missão tripulada além da órbita baixa da Terra desde 1972 e a segunda missão do programa Artemis da NASA, está programada para decolar não antes de setembro de 2025.

Uber, uma gigante do transporte por aplicativo, adiciona "robotaxis" autônomos feitos pela Cruise, uma subsidiária da General Motors, à sua frota como parte de um acordo plurianual entre as duas empresas.

Líderes da igreja e teólogos de diferentes tradições cristãs se reúnem para uma conferência em Niceia (atual Iznik, Turquia) para marcar o 1.700º aniversário do Concílio de Niceia em 325, no qual os bispos formalizaram aspectos da fé cristã.

A Arábia Saudita sedia as primeiras Olimpíadas de eSports.

A Rússia lança a tecnologia "pay-by-face" (pague pelo rosto) em todos os seus sistemas de metrô até o final de 2025, desanimando os defensores da privacidade.


Os Anéis de Saturno irão desaparecer em 2025, isto ocorre a cada 29 anos


Mesmo no século XXI, eventos astronômicos estranhos podem ser preocupantes. O escurecimento assustador de um eclipse lunar, ou o crepúsculo estranho e silencioso de um solar, ainda pode causar arrepios na espinha. Mesmo quando você sabe que o fenômeno é temporário e recorrente, o desaparecimento de algo familiar ainda é desconcertante. O mesmo acontece com os anéis de Saturno.

Durante quase todo o ano de 2025, de março a novembro, os anéis característicos do planeta gigante desaparecerão. O motivo é simples. Os anéis, que variam em espessura de algumas dezenas de metros a algumas centenas, formam uma estrutura gigante de 282.000 km de largura — mais do que o dobro da largura do próprio planeta. Eles são feitos de gelo e fragmentos de rocha que variam em tamanho, de pedras a grãos de areia. Conforme Saturno faz cada viagem de 29 anos ao redor do Sol, sua inclinação significa que os anéis são iluminados de cima por aproximadamente metade desse tempo e, em seguida, de baixo pela outra metade. Mas em dois pontos no meio, seus anéis estão exatamente de lado para o Sol — e parecem, para observadores distantes, desaparecer.

Galileu Galilei, a primeira pessoa a estudar Saturno através de um telescópio, foi o primeiro a ver isso. Isso o chocou profundamente. Quando ele inicialmente virou seu instrumento para Saturno, em julho de 1610, ele concluiu que as estranhas "orelhas" ou "alças" em ambos os lados do orbe central eram dois corpos separados. Galileu presumiu que as partes deste "composto de três" nunca se moveram nem mudaram; ele não tinha "nenhuma dúvida quanto à sua constância". O planeta ainda tinha essa forma "triforme" em junho de 1612. Mas no final daquele ano as "alças" haviam desaparecido. Em uma carta a um colega observador de estrelas, ele perguntou: "Saturno devorou ​​seus próprios filhos?"

Galileu havia tocado precisamente no motivo pelo qual esse desaparecimento importava. Saturno recebeu o nome de Saturno, o deus romano da agricultura, que com sua foice ensinou aos seres humanos quando semear e quando colher: o ciclo inevitável de nascimento, crescimento e morte. Saturno era a versão romana do deus grego Cronos, um titã que, temendo sua própria queda, devorava todos os filhos que lhe nasceram. Saturno era, portanto, o planeta da ordem e da progressão do tempo, mas também carregava conotações de horror: o governante benigno que também era, na imaginação de Francisco Goya, um monstro envelhecido e de olhos arregalados se empanturrando de carne filial.

Saturno sempre teve esse caráter duplo. O festival romano de Saturnália em dezembro celebrava tanto o portador da paz e da fecundidade, sinônimo de festas e danças, quanto o Senhor do Desgoverno, que derrubou a hierarquia social. Em Saturnália, os mestres serviam aos servos, e os servos davam ordens aos mestres, uma reversão que muitos romanos achavam seriamente perturbadora. Saturno era ordem e confusão.

Algo dessa dicotomia aparece em "Os Planetas", de Gustav Holst, de 1926, onde a marcha lenta e deliberada de Saturno, o arrastar de um relógio, se transforma em um terror de trombones. Este movimento, o favorito de Holst, tem como subtítulo "O Portador da Velhice". Claro, deve ser assim. Corpos físicos inevitavelmente caem em decadência e morrem. Aqueles acordes pesados, baseados em sinos que Holst ouviu sendo tocados na Catedral de Durham por dois velhos em vestes pretas, são a morte chegando. O final mais calmo implica uma possível aceitação.

A aceitação, no entanto, é difícil no Ocidente na era moderna. A juventude é adorada, a velhice mantida sob controle. Mil produtos prometem manter o corpo intacto, enquanto cientistas e médicos se esforçam para prolongar a vida. O passo pesado de Saturno não é bem-vindo.

Há outras razões também para temê-lo. Na década de 1650, os astrônomos descobriram que as "alças" de Galileu eram, na verdade, anéis planos. Eles acabaram sendo feitos de cacos de gelo, pedaços de luas, asteroides e cometas, despedaçados pela forte gravidade de Saturno. Eles são, parafraseando W.G. Sebald, os detritos de mundos desaparecidos; Saturno é "sempre o domínio da melancolia" e do passado perdido e irrevogável.

Assim, "Os Anéis de Saturno" (1995) de Sebald é um dos livros mais tristes já escritos. É o conto de uma jornada pela costa de Suffolk, passando por "campos de entulho", "vestígios de destruição", restos de moinhos de vento e carcaças de barcos abandonados; através da "desanimadora" Lowestoft e da pequena parada ferroviária em Somerleyton Hall, que "não é mais nada". As digressões enfatizam a condição humana como uma vasta necrópole obcecada pela morte. "A história do mundo inteiro", escreve Sebald, "... leva sem falha para a escuridão."

No entanto, este também é um livro que, notavelmente, não progride em nada parecido com uma linha reta. Nenhuma flecha do tempo liga passado, presente e futuro à velha maneira newtoniana; é uma série de encontros aleatórios, memórias e mistérios. E é assim, de acordo com Carlo Rovelli, um físico italiano, que os humanos devem imaginar o tempo na era quântica. Em “The Order of Time” (A Ordem do Tempo) de 2017, ele escreve que não há estrutura para isso, exceto o que os indivíduos vivenciam por si mesmos. Não há ordem de comando, nem deus-foice, nem pisada pesada holstiana. Ela é substituída por uma vasta “rede de eventos” e “danças feitas em ritmos diferentes”. Nós mesmos, com nossas confusões e distrações, somos o tempo.

À medida que os anéis de Saturno desaparecem durante 2025, também desaparece a constância que Galileu pensou ter observado no membro mais estranho da família de planetas do Sol. Cronos, o monstruoso devorador de filhos, foi de fato derrubado. Para citar as palavras de Heráclito de uma era éons antes dos telescópios, a única constante na existência continua sendo a mudança perpétua. Ela deve ser abraçada. Encerra Ann Wroe.


Conclusão, 2025 será um ano de ainda mais impacto, e a Tribo De Dã, irá aprontar no Ano da Serpente, a Tribo de Dã usava a cobra como emblema. E eles estarão nos holofotes nesta reta final do mundo.


Com informações The Economist

Tradução e Adaptação: BDN

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