Real Digital CBDC: DREX possui muitos malefícios, sendo no futuro um Sistema invasivo, perigoso e de potencial controle Governamental sobre o consumo de gastos da População Brasileira
O Banco Central do Brasil está caminhando para a adoção do DREX até 2027, também conhecido como Real Digital, uma versão digital da moeda nacional em CBDC que, embora prometa ¨facilitar transações¨ e modernizar o sistema financeiro, levanta sérias preocupações sobre privacidade, liberdade econômica e o poder do governo de controlar os hábitos de consumo dos cidadãos. À medida que o projeto avança, especialistas alertam sobre os riscos de um sistema financeiro excessivamente controlado e monitorado, que poderia transformar a economia em uma ferramenta de vigilância e manipulação social no futuro.
O Que é o DREX e Como Funciona o Real Digital?
O DREX, lançado pelo Banco Central do Brasil, é a versão digital do Real, e visa integrar-se ao sistema financeiro de forma mais eficiente e moderna, com o uso de tecnologias como a blockchain. O objetivo declarado é facilitar os pagamentos, diminuir os custos de transações e permitir uma maior inclusão financeira. No entanto, o que parecia uma inovação promissora começa a gerar desconforto à medida que surgem preocupações sobre o impacto do Real Digital na liberdade individual e na privacidade dos cidadãos.
A principal diferença entre o DREX e as formas tradicionais de pagamento como TED, DOC, PIX é que o Real Digital será uma moeda totalmente digital, gerida pelo Banco Central e controlada por sistemas governamentais. Embora as transações possam ser mais rápidas e seguras, esse controle centralizado levanta questões sobre como os dados serão usados e quem terá acesso a informações sensíveis sobre os consumidores.
Os Malefícios do DREX no futuro: Invasão de Privacidade e Controle Econômico Social e Populacional
O maior malefício do DREX é, sem dúvida, o risco de invasão de privacidade. Como cada transação seria registrada digitalmente e monitorada em tempo real pelo governo, a possibilidade de rastrear todos os movimentos financeiros dos cidadãos se tornaria uma realidade. Isso significa que não apenas o governo teria acesso a informações detalhadas sobre os gastos individuais, mas também poderia usar esses dados para influenciar ou até mesmo controlar o comportamento de consumo da população.
Além disso, ao ser totalmente digital, o DREX elimina a privacidade que o dinheiro em espécie oferece, criando um cenário onde o governo poderia monitorar cada compra feita por qualquer cidadão. Desde o simples café comprado na padaria até a aquisição de produtos mais caros, tudo estaria registrado, o que abre a porta para a manipulação desses dados em nome de políticas públicas.
O Controle sobre o Consumo: Um Passo para o Totalitarismo Econômico?
Outro aspecto preocupante é a possibilidade de o governo utilizar o DREX como uma ferramenta para controlar o que cada brasileiro pode ou não comprar. O controle centralizado da moeda digital poderia ser usado para impor restrições em tempo real sobre o consumo, com base em fatores como a identidade do cidadão, sua situação financeira, seu histórico de compras ou até mesmo suas atitudes políticas.
Por exemplo, se um cidadão estivesse classificado de forma negativa pelo governo, suas transações poderiam ser limitadas ou monitoradas de forma mais rigorosa. Isso poderia ser feito, por exemplo, impedindo a compra de determinados produtos, como alimentos específicos ou bens considerados supérfluos, de acordo com políticas de austeridade ou agendas governamentais. O conceito de "crédito social", como já visto em outros países, poderia se aplicar ao DREX, onde os cidadãos seriam "punidos" ou "premiados" com base no comportamento fiscal ou até político.
Efeitos no Mercado e na Liberdade Econômica
O impacto do DREX na economia também pode ser devastador para o mercado de trabalho e para os empreendedores. Como o governo teria controle total sobre as transações, seria possível, em tese, implementar políticas de incentivo ou punição de determinadas atividades econômicas, seja em termos de impostos ou subsídios. Isso afetaria diretamente a liberdade de empresas e cidadãos para realizar negócios, com o governo controlando a "quantidade de liberdade" que cada pessoa tem para gastar ou investir.
Se um cidadão desejar fazer uma compra fora do esperado pelo governo, ou mesmo se ele investir em setores que o Estado considera desfavoráveis, poderia ter sua conta bloqueada ou receber punições indiretas. O mercado de livre concorrência seria ameaçado por um sistema onde o governo determinaria, por meio do controle de moeda, como e onde o dinheiro circula.
A Riscos de Censura e Manipulação Política
Além do controle econômico, a implementação do Real Digital abre a porta para censura econômica. O governo poderia, por exemplo, bloquear o uso de DREX para financiar certos tipos de movimentos políticos ou sociais que considere "indesejáveis". Aqueles que se opuserem ao governo ou a determinadas políticas poderiam ter dificuldades em realizar transações financeiras, como forma de silenciar dissidentes.
A digitalização de tudo, sem a proteção de uma rede de moedas físicas, tornaria a censura mais eficaz e o controle político mais sólido. A transição para o DREX seria, assim, uma verdadeira mudança para uma sociedade digital onde o comportamento financeiro é monitorado e controlado por uma autoridade central.
Conclusão: O Perigo de um Sistema Financeiro Totalmente Controlado
O DREX, ou Real Digital, pode parecer uma solução tecnológica para problemas de eficiência no sistema financeiro, mas seus malefícios em termos de privacidade, controle econômico e censura são imensos. O Brasil corre o risco de abrir mão de um nível fundamental de liberdade ao adotar um sistema onde o governo pode controlar o que cada cidadão compra ou não. Se não forem implementadas medidas rígidas de proteção da privacidade e da liberdade individual, o Real Digital poderá se transformar em uma ferramenta de opressão econômica, em vez de um avanço para o bem-estar social. Em 2025, o país pode estar diante de uma encruzilhada: avançar para a inovação ou manter os direitos básicos da liberdade econômica e da privacidade.